Correio Paulinense

Paulínia, 28 de março de 2024
Temporal causou estragos no Estádio Luiz Perissinotto e ameaça vinda do Bugre para a cidade

Última atualização em 24 de janeiro de 2014

Por Lucas Rodrigues

[imagem]  Na noite de quarta-feira (22) o temporal que atingiu Paulínia causou estragos no Estádio Municipal “Luiz Perissinotto”. A enxurrada danificou o muro da arquibancada, a pista de atletismo, e derrubou a parede de um dos vestiários do estádio que separa os times visitantes e o da casa. No outro vestiário a água chegou à quase 1,80 m de altura, deixando muita lama e sujeira. 

O “Luiz Perissinotto”, cogitado para abrigar jogos do Guarani de Campinas na Séries A2 do Estadual e C do Brasileiro, não tem condições de receber a partida de estreia do Bugre contra o Grêmio Osasco marcada para a próxima quarta-feira (29). O jogo deve acontecer no Estádio Major Levy Sobrinho, em Limeira. Além disso, o uso do Brinco de Ouro ainda não está totalmente descartado, pois as obras para receber a Seleção Nigeriana começaram, mas o gramado ainda está intacto. 

O colunista esportivo Lucas Rodrigues esteve na tarde de ontem (23), no “Luiz Perissinotto”, conferindo de perto os estragos causados pelo temporal de quarta-feira e falou com dois dos cinco funcionários do Guarani, que trabalham nas adequações exigidas pela vistoria, que segundo a imprensa teria sido realizada pela Federação Paulista de Futebol (FPF). Entramos em contato com a FPF mas não conseguimos confirmar a realização da inspeção, dia 14 último, pela entidade estadual de futebol.

Um dos funcionários do Guarani, há 25 anos no clube, falou sobre o andamento das obras de adequações exigidas na inspeção do estádio paulinense. “As obras dos vestiários estavam bem adiantadas, inclusive com a parte de pintura concluída. Já as arquibancadas começaram a ser pintadas e numeradas, pois segunda-feira (27) seria o prazo final para estar tudo pronto e aguardar a aprovação dos Bombeiros”, disse ele. 
Segundo o funcionário, no dia do temporal o Diretor do Guarani, Marcos Ortiz, esteve no “Perissinotto” acompanhando o teste de iluminação do estádio. “O Secretário de Esportes de Paulínia (Marcos Antonio Bortoloti) não acompanhou o teste, e no dia seguinte conversou com Ortiz por telefone sobre os estragos causados pela chuva”, afirmou ele. 

O outro funcionário ouvido por Lucas Rodrigues comentou que esta não foi a primeira vez que o estádio de Paulínia ficou alagado e complementou falando que: “Em tempo de chuva não tem como jogar neste estádio. Imagine se tivesse jogo no mesmo horário do último temporal, alagaria tudo, pois a água que vem da parte alta da cidade deixaria o estádio uma banheira, como ficou. O certo seria fazer uma escavação para desviar a água pra fora do estádio”, sugeriu o funcionário.
 
Os funcionários do Guarani ouvidos, estavam trabalhando sem capacetes, luvas, óculos e botas, que compõem os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) exigidos por lei.  Preocupado com a falta de segurança oferecida pelo “Perissinotto”, um deles opinou sobre o estádio ser a “casa provisória” do Guarani. “Não é certo o Guarani jogar neste estádio, nem está sendo seguro trabalharmos aqui, pois se no Brinco de Ouro já é um problema, aqui é ainda pior, porque trabalhamos na “catraca”. Lá recebemos equipamentos de segurança, aqui não recebemos nada e até agora não apareceu nenhum fiscal para ver as nossas condições de trabalho. Aqui existe problema na estrutura e é até perigoso alguma parede desabar em cima de nós. Neste estádio eu não sei o que é segurança”, afirmou o homem e finalizou: “O estádio de Paulínia fica dentro de um buraco”
Caso todos os problemas apontados pelos funcionários ouvidos pela reportagem sejam solucionados, ainda existe a possibilidade do Bugre mandar jogos em Paulínia, como a partida contra o São Caetano, dia 5 de fevereiro.
 
O outro lado

Na tarde de hoje (24) ouvimos o Secretário de Esportes de Paulínia, Marcos Antonio Bortoloti, sobre o andamento das obras do estádio municipal, bem como as condições de trabalho dos funcionários do Bugre. Em relação a falta de EPI’s para os funcionários do Guarani, Bortoloti declarou o seguinte: “A responsabilidade desses funcionários é do Guarani e não da Secretaria de Esportes. Aliás eles nem estão mais trabalhando no estádio”. Ainda segundo o Secretário o Corpo de Bombeiros de Paulínia realizou mais uma vistoria no “Perissinotto”, desta vez no dia de hoje. 
Perguntado sobre a liberação do estádio para a realização de jogos do Guarani Bortoloti explicou que: “Ainda não temos prazo definido para a liberação do estádio, mas estamos trabalhando pra que isso aconteça. Porém dependemos do resultado vistoria de hoje feita pelo corpo de bombeiros, que pode chegar entre segunda e terça-feira da próxima semana, e também da aprovação do jurídico da Prefeitura, da próxima vistoria da FPF e finalmente do parecer do Ministério Público sobre a questão”, finalizou Bortoloti.

Fotos: Lucas Rodrigues/CP Imagem

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