Correio Paulinense

Paulínia, 28 de março de 2024
Moura Junior (PMDB) não pode interferir no Pazetti, sem autorização da Câmara. Se ele acha o “Menezes” uma favela, imaginem o que diria da Vila Sardinha, na primeira gestão do pai?

Última atualização em 23 de abril de 2014

[imagem] Boaaaaa nooooite meus amores! “Bizoiando” as imagens da ENTREGA PARCIAL (mais adiante falamos sobre isso) do 1º módulo do Pazetti, feitas por Fabiano Moreira me deu uma saudaaaaaaaaaaaaade do meu começo, lá em 1993, quando fazia apenas colunismo social e vivia observando os modelitos trajados pelas socialites da city nas festas. Dos cafonas aos elegantes, nenhum escapava da minha mira, embora, sempre fiz questão de ressaltar que não era ( e nem sou) nenhum Clodovil, mas tinha (e tenho) o mínimo de bom gosto para opinar e balançar o coreto (usei muito esta expressão).

Pois bem, lá no Theatro Paulo Gracindo, onde sobraram vaias para o prefeito cassado Moura Junior (PMDB), três subalternas do primeiríssimo escalão pecaram feio nas indumentárias. Duas chegaram ao recinto trajando “vestidinhos brancos”, com decotes estilo “Cicciolina” e a terceira “matou” a blusinha, até engraçadinha, com um jeans nada a ver (sem contar a cafonice do óculos de sol, como adereço de cabeça…ninguém merece). Mas, como não sou eu quem paga os cartões de crédito das “beldades” e só queria mesmo matar um pouco da saudade dos meus tempos de outrora, vamos ao que realmente interessa. .

Perto dos “pecados” cometidos pelo “chefe”, as “meninas” arrasaram, estavam chiquérrimas (gargalhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaadas). Parece que estou ouvindo o pai dizendo para o filho: “Vá lá, seja firme, não baixe a cabeça diante das vaias e mostre que você é quem manda”. Moura Junior (PMDB) até que tentou, subiu o tom da voz, mas não conseguiu cumprir a missão. Perdidinho “da Silva”, o prefeito “sub judice” (aguardando julgamento) chamou o Acampamento Menezes de favela, xingou o ex-prefeito Pavan de pilantra e tentou passar a responsabilidade social dele, como “governante”, para a população. O resultado disso tudo vocês já sabem: uma chuva de vaias. Quem ainda não viu o vídeo pode ver agora.
Moura Junior (PMDB) disse ser inadmissível ter favela na cidade e ao mesmo tempo que não admite preconceito com as famílias do “Menezes”. Todo e qualquer tipo de preconceito é abominável. Porém, neste caso, trata-se visivelmente de um “falso preconceito”, criado pelos Mouras (pai e filho) para jogar as famílias do “Menezes”, à quem eles prometeram casas, contra as famílias do Pazetti, que tanto lutaram para comprar a casa própria, repito em caixa alta, COMPRAR A CASA PRÓPRIA, e não ganhar, repito outra vez em caixa alta, E NÃO GANHAR. 
Por que eu digo que eles criaram o “falso preconceito”? É muito simples. Pai e filho perceberam que não conseguiriam cumprir, de imediato, o compromisso com as famílias do “Menezes” e aí resolveram pegar o 3º módulo do Pazetti, como se fossem os donos do residencial, para pagar a dívida de campanha. O “pagamento” foi anunciado pelo próprio Moura Junior (PMDB), dia 08 de setembro passado, durante reunião à portas fechadas, no Theatro Municipal Paulo Gracindo, com os moradores do acampamento. Financiamento direto com a Prefeitura, sem entrada, pré-obra e parcelas de ½ salário mínimo, durante 30 anos. Quem ainda não viu o vídeo pode ver agora. 
Tudo isso, sem ao menos discutir o assunto com os compradores do Pazetti e tampouco com a Associação de Moradores do Residencial. E o que é pior: ignorando totalmente a Lei Municipal 3.283, de 02 de julho de 2012, que regulamenta todo o residencial. “Ah, depois o Arthurzinho elabora a alteração na Lei do Pazetti, os nossos vereadores aprovam e fica tudo certo”. Foi justamente assim que eles pensaram e é exatamente assim que pensam. Se não fosse as ações do ex-prefeito Pavan (PSB) para acelerar as assinaturas dos contratos das casas, os compradores do Pazetti estariam lascados – e põe lascados nisso.  
Pois bem, os compradores dos dois primeiros módulos do residencial, que “penhoraram” até as “carças” para pagar entrada e estão “matando um elefante por dia” para cumprirem a pré-obra, além do aluguel, reagiram não contra o pessoal do Menezes, que nada tem a ver com as vigarices políticas de ninguém, mas sim contra a injustiça, repito em caixa alta, INJUSTIÇA, do 3º módulo ser negociado em condições especiais, quando eles se lascaram e ainda estão se lascando pelo grande sonho. A indignação seria a mesma se o 3º módulo tivesse sido prometido da mesma forma para pessoas de qualquer outra localidade. O Pazetti clama apenas por DIREITOS IGUAIS. Só isso. Agora eu pergunto: foram eles que criaram esta bagunça toda ou não?
Ao reafirmar a venda do 3º módulo nas condições já citadas acima, o prefeito cassado foi vaiado e reagiu com a velha e boa prepotência mourista: “É isso mesmo”! Além disso, tentou jogar a responsabilidade social, que é dele, enquanto “governo”, para a população presente. Oxente! Se o povo tem que fazer o papel do governo, então ele que desocupe a cadeira e deixe o povo governar a city, oras bolas. “Vocês sabem as consequências que uma favela traz para a nossa cidade”, disse Moura Junior (PMDB). Isso sim é um preconceito vergonhoso, repugnante. Assim como no elegante bairro onde o prefeito mora em Campinas, nas comunidades humildes ou em qualquer lugar do mundo tem gente que presta e gente que não presta, mas a maioria absoluta (99,9%) é decente, honesta e trabalhadora. 
Pela repulsa que o prefeito demonstrou ter por “favelados” fico imaginando se ele tivesse conhecido a famosa Vila Sardinha, onde o pai dele “jogou” várias famílias humildes, na primeira gestão (93/96). Na época, Moura Junior (PMDB) ainda era um adolescente de 16, 17 anos, e eu um jovem de 27, 28 anos, já na atividade jornalística. A “vila” foi apelidada de “sardinha” porque os cubículos eram de latão. Dio Mio! Como aquele povo sofreu. Esse tipo de governo sim, trouxe e vem trazendo, até hoje, sérias consequências para Paulínia City. 
Um governo que chama o próprio povo de babaca, não respeita leis e ainda vira as costas para pacientes de câncer, crianças especiais, menores abandonados, jovens e adultos vítimas da dependência química, e centenas de pais de famílias que foram expulsos de seus empregos com uma mão na frente e a outra atrás, pode ser chamado de governo?
Nada disso estaria acontecendo se eles tivessem cumprido pelo menos um item do “+ Paz, de R$ 1.380,00” que prometeram durante a fraude eleitoral de 2012: O AUXÍLIO ALUGUEL. O terreno onde está montado o “Menezes” foi desapropriado pelo ex-prefeito Pavan (PSB) para a construção de cerca de 1.400 apartamentos, justamente para famílias de baixa renda. Para construir é obvio que as pessoas terão de sair de lá. Então, por que Moura Junior (PMDB) não coloca em prática o bendito auxilio aluguel para aquelas famílias, libera o terreno para a construção dos apartamentos e depois financia os imóveis para essas pessoas? Mas, não. Em vez disso, no velho e péssimo estilo do pai, prefere tentar provar que quem manda é ele e nada (leis ou quem quer seja) pode impedi-lo. Quem pode, poooooooooooooooode!!!
Aí é que entra a Câmara Municipal. Para mudar as regras do Pazetti e financiar o 3º módulo do residencial do jeito que ele e o pai querem, Moura Junior (PMDB) terá de alterar a lei 3.283/12. E quem aprova ou reprova alterações em leis municipais? Os vereadores, lóóóóóóóógico. Para afirmar com tanta segurança que “vai fazer e pronto”, doa a quem doer, o prefeito cassado só pode já ter conversado “ao pé do ouvido” com a maioria dos vereadores. Alguém tem outra explicação? Por isso, acho bom todo mundo ficar bem atento à movimentação dos vereadores mouristas, pois são eles que podem (eu disse podem e não que vão) aprovar a alteração que os Moura (pai e filho) precisam, para pagar logo a “dívida” eleitoral com as famílias do “Menezes”. 
Hoje não há dúvidas: Moura Junior (PMDB) só pode fazer a vontade dele e do pai com AUTORIZAÇÃO DA MAIORIA DA CÂMARA. Por quê? Porque a Lei do Pazetti não dá poderes ao Executivo (Prefeito) de fazer alterações por Decreto. Se fosse assim, o prefeito cassado já tinha decretado e pronto. Conversei na tarde hoje com o presidente da Câmara, Fiorella (PP), que confirmou o trâmite. “No meu entendimento, o prefeito tem que pedir autorização ao Legislativo para alterar a referida lei do Pazetti”, me disse o “peixe”. 
Um parêntese. A Assessoria de Imprensa mente ao afirmar que foram entregues todas as 372 casas do Pazetti, no dia de Tiradentes. Somente eu, conheço umas dez pessoas do 1º módulo que não receberam as chaves da casa própria. O porquê eles iriam ficar sabendo hoje, mas na segunda, segundo informações, foram entregues 315 casas apenas. Tá dito. 
Voltando. Desde que a “administração” criou esse tremendo abacaxi, todos os vereadores, inclusive os da base mourista, defendem DIREITOS IGUAIS para todos. Segundo moradores do Pazetti, os “nobres colegas” prometeram votar contra a qualquer mudança na lei do residencial, que favoreça uns e prejudique outros. Até que provem o contrário, não temos o porquê duvidar dos edis. Só resta aguardar o prefeito cassado mandar alguma proposta para a Câmara e depois acompanhar o comportamento dos vereadores aliados. 
Não posso deixar de expressar o meu repúdio ao desrespeito de Moura Junior (PMDB) com a pessoa do ex-prefeito José Pavan Junior (PMDB). Qualquer prefeito, com o mínimo de compostura, não chama um ex-prefeito de pilantra, sobretudo, em público. Isso é inadmissível. Primeiro, ele xinga o povo de BABACA em pleno aniversário da city e agora atinge covardemente a honra de seu antecessor. O público, claro, reprovou com vaias a atitude ordinária. 
Já passou da hora de Moura Junior (PMDB) esquecer Pavan (PSB) e passar a administrar a city, até o dia que for possível. Além de toda vez que aparece em público ficar culpando Pavan de tudo, agora ele resolveu descer ainda mais o nível do discurso. É lamentável.  “Moura Junior, tira Pavan de sua cabeça e faça o que deveria estar fazendo, desde 16 de julho passado: TRABALHANDO PELO POVO.  O meu último comentário de hoje traduz fielmente a dica que estou, gentilmente, lhe dando. Leia… ”. 
Enquanto escrevia a coluna de hoje recebi o telefonema de uma mãe indignada com a falta no HMP de uma simples agulha para punção do cateter do filho e o remédio que ele toma, por conta da fibrose cística. Agora me respondam: o prefeito cassado Edson Moura Junior tem responsabilidade social? Leiam a matéria. 
Vou ficando por aqui. Uma noite abençoada e que DEUS ABENÇOE DONA GLAUCIENE E O PEQUENO LUAN, que infelizmente, dependem da “Saúde de Primeiro Mundo” das pessoas que hoje “governam” a city. Beijos e abraços. Au revoir!

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